Laborinho Lúcio no TCA Sul: uma conversa sobre justiça e humanismo, memória e futuro, 26 de setembro

O Tribunal Central Administrativo Sul teve a honra de receber a visita do Juiz Conselheiro Álvaro Laborinho Lúcio, na quinta-feira, 26 de setembro, para uma conversa.

Mais do que um encontro, um reencontro. O Senhor Juiz Conselheiro teve a alegria de rever muitas caras, antes alunos e hoje magistrados, que passaram por si no Centro de Estudos Judiciários, de que foi um dos fundadores e diretor durante quase uma década (aquela que, das várias facetas da vida profissional – reconheceu -, guarda como a sua realização maior).

Álvaro Laborinho Lúcio é um humanista. Uma qualidade que é uma espécie de inquietação que não o larga, que não o deixa reformar-se e, por isso, nesta conversa, descontraída, polvilhada de bom-humor (que revelou ter), falou-se de coisas sérias: falou-se muito de Direitos Humanos, dos direitos de todos.

“É errado dizer que o meu direito termina onde começa o do outro. Quem é o outro? O meu direito vive-se com o do outro”, disse, explicando que se deve educar os mais novos para os direitos e não para os deveres.

E, à bolina deste assunto vieram outros, que exigem uma reflexão estrutural sobre o futuro, e não a discussão da espuma dos dias. Não se deve perder tempo a olhar para trás, antes aprendendo com o que poderia ter corrido melhor e diferente nos primeiros 50 anos, pelo que «a grande celebração [que podemos fazer ao 25 de Abril] é empenharmo-nos para daqui a 50 anos sermos o país que queremos ser”, que queremos para os netos e para as gerações futuras. Incluindo o papel do juiz na era digital.

A Presidente do TCA Sul, Catarina Almeida e Sousa, fez questão que o Senhor Juiz Conselheiro voltasse a dar uma sessão por terminada, não sem antes agradecer a generosidade e a sabedoria que trouxe.